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Multas abusivas em contratos de consumo: o que fazer?

Foto do escritor: IgorGalvão AdvocaciaIgorGalvão Advocacia

As relações e transações econômicas geralmente são regidas por contratos. Esses documentos têm a função de estabelecer, de forma acordada entre as partes envolvidas, as condições para o cumprimento das obrigações.


Um contrato pode ser uma prestação de serviços, por exemplo, ou a locação de um imóvel.

 

O objetivo desses documentos é facilitar a vida dos envolvidos e, por isso, existem multas que abordam o inadimplemento, a violação e outras situações de descumprimento das obrigações. Em comum acordo, se estipula alguma pena (em dinheiro ou outra modalidade) caso ocorra a quebra contratual.


Acontece que, nas relações de consumo, muitas vezes esse "comum acordo" não existe. A empresa, em grande parte, é muito mais forte, economicamente falando, que o consumidor - e impõe sua vontade, estabelecendo cláusulas unilaterais. E aí entram as multas abusivas em contratos.


A multa de fidelização, também conhecida como multa de rescisão ou taxa de cancelamento, é uma penalidade imposta ao consumidor que, embora tenha se comprometido a manter o vínculo por um período determinado, opta por cancelar o serviço antes do término desse prazo.


Por vezes, essa multa, imposta pelos grandes fornecedores é abusiva, como veremos neste texto, caso venha a colocar o consumidor em posição de desvantagem exagerada.

pessoa assinando contrato com caneta
Saiba como atuar quando a multa contratual for abusiva

A maioria dos contratos inclui um período de fidelidade, ou seja, um tempo mínimo durante o qual a pessoa se compromete a permanecer vinculada ao acordo.


Existem alguns motivos mais comuns que levam um consumidor à rescisão contratual, como o não cumprimento dos prazos acordados; o atraso por parte do fornecedor; o descumprimento das especificações estabelecidas no contrato ou a entrega de um produto ou serviço com qualidade inferior ao que foi combinado; a insatisfação com os serviços oferecidos; o desconhecimento das cláusulas contratuais; e a ocorrência de fraudes.


Apesar dessa penalidade ser aplicada para proteger os envolvidos em um contrato, existem os casos em que elas são abusivas - principalmente envolvendo consumidores, como já falado acima.



Qual o valor permitido de uma multa por rescisão contratual? Quando é considerada uma multa abusiva?


Embora não haja valor certo, e tenha que ser visto caso a caso, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) considera abusiva a multa compensatória que ultrapasse 10% do valor restante para a finalização do contrato, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) proíbe que o fornecedor imponha penalidades que coloquem o consumidor em desvantagem excessiva.


Além disso, a cobrança da multa deve ser sempre proporcional ao tempo que falta para o término do período de fidelização e ao valor do benefício concedido, devendo todos os cálculos serem claramente previstos no contrato.

homem de terno listrado, assinando contrato com mãos em cima da mesa
Saiba como agir para defender seus direitos

Ainda, deve-se averiguar aquilo que fora cumprido do contrato. Se o fornecedor cometeu faltas graves, ou não iniciou o cumprimento de suas obrigações, a multa contratual também pode ser discutida, para evitar vantagem para a empresa fornecedora.


Quando a multa contratual é considerada legítima, o pagamento se torna obrigatório, e o inadimplemento pode acarretar a aplicação de juros, correção monetária e multa adicional sobre o valor devido.


A falta de pagamento de uma multa contratual pode resultar em diversos problemas, como a inscrição da dívida em cadastros de inadimplentes e sua possível contestação judicial, além de aumentar o risco de endividamento crescente.


O que fazer para cancelar uma multa abusiva em contrato?


É importante saber que existem situações em que o consumidor fica isento de pagar a multa de rescisão contratual, como no caso de defeito no produto adquirido, ou má-prestação (além dos outros casos discorridos acima). Isso ocorre quando o produto não apresenta a qualidade prometida ou quando o serviço não é prestado de forma adequada.


Nesse caso, o consumidor que deseja rescindir o contrato deve, primeiramente, fazer a solicitação por meio dos canais de atendimento da empresa, manifestando de forma clara sua insatisfação com o produto ou serviço.


Caso a empresa se recuse a realizar o cancelamento, o consumidor pode recorrer ao Procon de seu estado e registrar uma reclamação por meio da plataforma consumidor.gov.


Além disso, o consumidor pode buscar a via judicial para solicitar a rescisão do contrato e pleitear eventuais perdas e danos, tanto pela dificuldade de cancelamento quanto pelas falhas na prestação do serviço.


O advogado especialista em direito do consumidor é o profissional habilitado para orientar nesse tipo de situação! Hoje em dia, o processo, nesse tipo de caso, corre de forma 100% digital, o que facilita a vida do consumidor, bem como, a atuação dos servidores e advogados. 

 

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